quinta-feira, 28 de abril de 2011

Guerra Sem Fim - Joe Haldeman

Minha opinião: Eu não me lembro de ter lido tantos livros de ficção cientifica na minha vida, na verdade, esse gênero pouco me atrai. No entanto, quando eu vi esse livro em promoção em um site eu decidi dar uma chance e ver como seria minha reação, porém, antes dele eu li “A essência do dragão” que era mais ou menos nesse estilo e até que achei legal.

Bem, falando desse livro (que tem a capa um pouquinho feia) “Guerra sem fim” é bem interessante e conta a história da guerra do ponto de vista de um soldado - William Mandella - uma guerra que se inicia em 1990 e vai até 3.000 e lá vai números e o William acompanha toda a guerra, aí você me pergunta “COMO ASSIM?”. Bem o autor se utiliza muito de física – que eu confesso que muitas horas não estava entendendo nada – e explica que por determinado fator o tempo que ele passa no espaço é diferente do da terra, então se ele passar dois anos na guerra – que é no espaço – se passam cerca de 30 anos aqui na terra. Loucura? Pode até ser, mas que é bem escrito isso eu tenho que dizer que é. Então, a guerra é contra os misteriosos Taurianos, e alguns soldados são escolhidos por sua inteligência e função no espaço, e William está entre eles – e ele nos apresenta desde o início do treinamento até o fim da guerra.

É muito louco. Mas eu gostei.

Eu me peguei surpresa ao gostar de um livro de ficção cientifica, a história prende a atenção, como os fatos que ocorrem na terra durante o tempo que ele está no espaço, o mundo muda completamente, e quando eu digo completamente, é isso mesmo. Mas o autor soube descrever de uma maneira muito atraente e parecendo ser muito real.

E adivinhem? Esse livro vai virar filme – eu estou curiosíssima para ver – só que sói vai estrear em 2013 – tem um tempão – e o diretor será Ridley Scott - ele mesmo - o mesmo de “Alien”, já que ele adquiriu os direitos para realizar o filme.

Resumo: William Mandella é recrutado no final da década de 90 para combater os misteriosos taureanos. Para viajar até o front, os soldados precisam atravessar portais chamados Colapsares, que causam uma dilatação no tempo, fazendo com que o tempo subjetivo da nave seja mais lento que o tempo "real" do universo. Ou seja, quando Mandella retorna para casa após servir por dois anos, quase três décadas se passaram na Terra. E conforme eles viajam mais longe, maior é a dilatação, passando de décadas para séculos inteiros.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Resultado Promoção de Páscoa

Aqui vamos para o resultado da promoção! Eu quero agradecer a todos que participaram e dizer que fiquei muito feliz com o número de participantes! Espero que na próxima promoção ocorra o mesmo!
Bem, mas a sortuda da vez foi:
LEILA CARLA F. CARVALHO!

Parabéns Leila, bem, já mandamos o email e ela já respondeu e em breve receberá vários livros em casa hein!!

E daqui a alguns dias, nova promoção aqui no blog hein!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sorriso Verdadeiro - Paulatictic



“Sorriso verdadeiro” foi um conto que eu escrevi pensando nesse mito atual da “felicidade plena” em que não é permitido sofrer, ficar triste ou  simplesmente, não é permitido ter emoções que se diferem do “bem estar”, ou seja, eu pensava sobre esse “não poder sentir”, e por isso eu escrevi sobre uma personagem mulher que tenta ter emoções e burlar esse limite que lhe é posto por todos ao seu redor. No qual ela se vê num impasse grande, já que aquilo que ela sente verdadeiramente não lhe é permitido, o que faz com que passe a ter um pensamento constante que ultrapassa todos os limites impostos e que choca a todos, ela se vê pensando em se matar.

Espero a opinião de vocês, por isso disponibilizo ele na íntegra pra vocês. Podem BAIXAR GRÁTIS (Ah, o conto só tem 6 páginas, super curto, em menos de um bocejo você lê)

Baixe AQUI (Megaupload)

I Prêmio de Poesia Cavalo Marinho - IDB

I Prêmio de Poesia Cavalo Marinho - IDB
Tema: Livre - Sol e/ou Lua sua Luz - Brilho, reflexo e contraste
(poesia visual - fotografia)
Tema: Livre (poesia impressa / eletrônica)

O "I Prêmio de Poesia Cavalo Marinho - IDB" produzido pelo Instituto Digital Boards visa à estimulação cultural de seus participantes, incentivando-os a literatura impressa e eletrônica e também leitura visual. Seu objetivo é difundir novos poetas, críticos e fotógrafos.

1. Participação.:
Será aberta a todos os autores que escrevam em Língua Português/espanhol residentes no Brasil ou não.

2. Inscrições.:
a) ABERTO - Inicio. 02.04.2011 até 28.08.2011
b) Inscrições gratuitas. Não será cobrada para este concurso/ prêmio nenhuma taxa.
c) Inscrições pelos correios: www.correios.com.br

Enviar a obra para o seguinte endereço:
Prêmio Cavalo Marinho - IDB 2011 -digitalboards- Inscrição
Av. Paulo de Frontim 464 - Rio Comprido - Rio de Janeiro -RJ - CEP 20261242 - Brasil.
Vale a data do carimbo postal dos correios.

d) O envelope deverá conter:
Modalidade: POESIA VISUAL - FOTOGRAFIA
- No mínimo uma e no máximo cinco fotos em papel fotográfico, (tamanho vs. resolução) = 2 megapixels = tamanho mínimo para impressão 14x20 em diante.

A foto deve ser enviada com pequeno texto poético sobre a imagem da foto do mesmo autor, criação livre. Mínimo 2 versos e máximo 30 versos. Sendo ao final gerada a obra (FOTO+versos).
identificada apenas por pseudônimo em seu corpo (nome artistico) atrás da foto ou por e-mail. nome da fota + pseudônimo

Atenção: Ficha separada e preenchida totalmente.

Modalidade: POESIA IMPRESA OU ELETRÔNICA
- Duas cópias impressas da poesia em fonte Arial 12 ou Times, inédita, com no máximo 30 versos, identificada apenas por pseudônimo em seu corpo.
- Comprovante original do depósito bancário da taxa de inscrição; (não existe taxa para este Prêmio/concurso)
- E um envelope menor lacrado com os dados do escritor: Nome completo, endereço, telefone(s), e-mail, título da obra, pseudônimo, RG e CPF e ocupações profissionais. Obs.: Os resultados poderão ser enviados pelos correios, tais como quaisquer informação ou solicitação da Digitalboards -IDB, avisos de novos concursos ou editais e entrega de prêmios.

Inscrições por e-mail.
A obra deverá ser enviada para: cavalo-marinho-idb@bol.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
- O e-mail deverá conter 3 anexos:
- No primeiro anexo deverá constar a poesia fonte Arial 12, inédita, com no máximo 30 versos, identificada apenas por pseudônimo; Fotos e documento word(similar) .doc, gif, img, jpg.
- No segundo anexo deverá constar os seguintes dados do autor: Nome completo, endereço completo, inclusive CEP, telefone(s), e-mail, título da obra, pseudônimo, RG, profissão principal e CPF- fonte informação.

ATENÇÃO: CADA PARTICIPANTE PODERÁ PARTICIPAR COM UMA OBRA EM CADA MODALIDADE, caso venha participar das duas modalidades deverá informar: 02 modalidades dentro da carta lacrada de dados básicos.
e) Desclassificação
Serão desclassificados autores que não obedecerem aos critérios para a inscrição da poesia e não enviarem todos os dados pedidos no regulamento.

3. Modalidade.:
a) Todas.
b) Casos de plágio são de inteira responsabilidade do(a) candidato(a), sendo este desclassificado no ato.

4. Comissão Julgadora.:
As obras inscritas serão analisadas por uma equipe de 3 (três) jurados especialistas especialmente convidados para o prêmio e de experiência comprovada, e responsáveis por selecionar as obras vencedoras.

Serão considerados no julgamento: Correção de linguagem, beleza das imagens poéticas e originalidade.
- A decisão do júri é soberana e irrecorrível.

5. Premiação.:
O "I Concurso Nacional Poesia Cavalo MArinho-IDB", premiará os vencedores na seguinte ordem de classificação:

1° Lugar : ITABLET PC+ Certificado de Menção Especial expedita pelo Instituto Digital Boards + exposição do trabalho no site IDB + camisa do concurso".
Itablet Computer 2.1 Internet, Tablet E-book Pc , WI-FI - 1 colocado (primeiro) em cada modalidade

2 Lugar: Mini porta retrato digital + certificado de Menção expedita pelo Instituto Digital Boards + exposição do trabalho no site IDB + R$ 200,00 e camisa do concurso"
PowerPack Mini Porta Retrato Digital DPF-150 + R$ 200,00 + camisa+certificado

3 Lugar: Mini porta retrato digital + certificado de Menção expedita pelo Instituto Digital Boards + R$ 100,00 (cem reais) + camisa do concurso".
PowerPack Mini Porta Retrato Digital DPF-150 + camisa + R$ 100,00 + certificado

4 Lugar até 10 Lugar: Certificado de Menção Especial expedita pelo Instituto Digital Boards + camisa do concurso"

- O prêmio será enviado pelo correio no endereço cadastrado no formulario de inscrição ao final da página, comprovantes e certificados serão enviados pelo correios após data do resultado em até 30 dias.

O conteúdo do material enviado para o concurso ficará a disposição da Digitalboards - site -por período indeterminado, sendo mínimo de 12 meses após esta data, ou através de solicitação formal do autor o material poderá ser excluído ou extinto.

Nota: Para todos trabalhos inscritos será feito avaliação para futuros eventos como exemplo: Exposições, livros, cds, publicações em audiovisual etc. em todas possibilidades será enviado para o participante através dos correios seja postal ou eletrônico, convite para tal evento como autor, colaborador outro referente para aceitação e dúvidas.

6. Resultado.:
O resultado do concurso será divulgado em mídia eletrônica e impressa, inclusive aqui no site do INSTITUTO DIGITAL BOARDS. a partir do Dia 28.09.2011
A obra enviada não tem direitos autorais exclusivos com IDB, ficando livre o autor para reapresenta-la em outros eventos.

FICHA DE INSCRIÇÃO ( copiar "ctrl+c" e colar "ctrl+v" em formato word.doc ou similar ou no e-mail)
DADOS PESSOAIS:
Nome completo:
Data de Nascimento:
CPF:
RG:

CONTATO:
Endereço:
N. Complemento:
Bairro:
CEP:
Cidade/UF:
Tel. :
E-mail :

MODALIDADE:
Nome da(s) Obra(s).:
( ) Declaro que conheço as regras deste regulamento e envio minhas obras para apreciação dos responsáveis pelo evento em sua análise e utilização pelo Instituto Digital Boards Pesq e Audiovisual - IDB.
Como ficou sabendo do concurso/prêmio: ( ) google ( ) outro buscador ( ) jornal ( ) flayer rua
( ) cartaz ( ) amigos ( ) site especializado internet.

Obrigado pela atenção e boa sorte !!!
*O simples envio das poesias implica na aceitação direta deste regulamento.

MAIS INFORMAÇÕES OU DÚVIDAS FAVOR.:
E-mail: cavalo-marinho-idb@bol.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / digitalboards@bol.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / digitalboards@digitalboards.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Site: http://www.digitalboards.com.br

domingo, 24 de abril de 2011

PROJETO: História Coletiva - 4ª semana

E a história já está com 17 páginas... E pelo jeito vai crescer mais um pouquinho, e o que faz com que pensemos no seguinte: ESTAMOS ESCREVENDO UM LIVRO OU UM CONTO? penso eu, que seria interessante escrevermos um conto, com poucas páginas, ou seja, nada muito longo.
Desse modo eu proponho que encerremos ele na décima semana, por isso já temos o começo, agora faríamos o meio, e já nos preparando para o final, O QUE ACHAM?

CERTO! VOCÊ AINDA NÃO SABE O QUE É O PROJETO HISTÓRIA COLETIVA? então acesse AQUI e descubra e comece a participar também. Afinal, você pode dar sua opinião, sugestão ou um trecho e mudar completamente o rumo da estória, só que para melhor, imagina?

Nessa semana que passou, Mateus colocou um novo personagem que é uma namorada para o Léo, a Kelly - o que mudou novamente a história. O que é bem bacana né?

Além disso, Léo já acordou do sonho e decidiu mudar a vida real - Interessante é que podemos pensar que logo que Léo acorda ele não se lembra do sonho e ele só lembra um pouco depois, quando ele tem um dejavú.
Diante desse novo momento, eu PROPONHO que coloquemos Capítulos, o que acham? Por exemplo, quando começa a história colocamos "Sonhando" e depois quando é o real coloquemos outro nome, o que acham?

OBS: Quero lembrar que nesse projeto muitas vezes a sugestão ou opinião que damos pode ser aceita ou não, ou pode ser alterada parcialmente e isso que é o mais importante nese projeto, já que é algo grupal. No entanto se você se sentiu ofendido (a) ou incomodado(a) com alguma coisa pode me mandar um email (paulatictic@hotmail.com) que discutiremos a situação.

Agora, eu vou colocar seguir a continuação que foi decidida por todos. Mas quero especificar que a narrativa continuou com um trecho do Mateus Lopes, outro meu e do meu irmão (todos deixados nos comentários). Esses trechos foram disuctidos e algumas coisas modificadas, mas todos foram aceitos.
E a continuação da narrativa ficou nas mãos da Lii - novamente - que olha só, eu digo que ficou muito bom.

QUER ACESSAR A HISTÓRIA COLETIVA DO COMEÇO ATÉ AGORA?
BAIXE AQUI (Megaupload)


QUER ACESSAR A HISTÓRIA COLETIVA DO COMEÇO JUNTAMENTE COM TODO O PROCESSO DE CRIAÇÃO?
BAIXE AQUI (Megaupload)

Você ainda não participou? COMECE AGORA! Deixe um comentário com sua idéia, sugestão, opinião, trecho e contribua para ser também autor dessa história.

Sem ânimo para passear, Léo voltou para casa. Ao ver o carro de seu pai estacionado na garagem, respirou aliviado e entrou
-Mãe? Pai? -Chamou.
-Na cozinha! -Respondeu uma voz masculina.
Léo foi até o cômodo e encontrou os pais descamando um peixe na pia.
-Olá, querido! -Cumprimentou sua mãe. -Saímos cedo para pescar e esquecemos de deixar um bilhete! Para compensar, teremos peixe no almoço!
-Ah... Ótimo. -Ele respondeu.
-Tudo bem, rapaz? -Perguntou seu pai.
-Sim, só não dormi bem essa noite. Acho que vou para meu quarto.
Depois de fechar a porta, Léo se jogou na cama e fechou os olhos, tentando digerir tudo que Júlia havia lhe dito, quando o seu celular tocou. Ele o tirou do bolso e viu no visor o número da sua namorada Kelly e apertou um botão para atender a chamada.
-Alô. –Ele disse.
-Léo?
-Oi, Kelly.
-Nossa, você não sabe o que me aconteceu. –Ela falou com uma voz tensa.
Léo se sentou na cama aflito.
-O que aconteceu? Você está bem?
-Agora estou. –Ela esperou um segundo e continuou. –Eu fui assaltada, Léo. Levaram minha bolsa com todos os meus documentos e ainda por cima... ah, eles me empurraram, eu acabei torcendo o pé, nada demais.
Léo respirou fundo e com o coração batendo apertado perguntou:
-Como você está agora?
-Agora estou bem. Quer dizer, vou ter que ficar de molho uns dias, o que é uma droga, porque não sei como vou fazer em relação ao trabalho, mas fora isso, estou bem sim, já fui na polícia, mas duvido que eles consigam encontrar aqueles idiotas...
-Kelly, que horas que isso aconteceu?
-Como assim?
-Que horas você foi assaltada?
-Bem, não sei, acho que por volta das 11 horas e pouco, por quê?
-Não Kelly, eu preciso que você seja mais específica. –Léo fala e passa as mãos nos cabelos. –Me diga o horário certo.
-Ah Léo, eu não sei, e afinal, pra que isso?
-É importante. –Ele diz e retira os seus óculos pretos e os coloca no colo.
-Bem, acho que foi as 11 horas e acho que 32 minutos, porque eu tinha acabado de sair de uma reunião que atrasou e... é acho que foi nesse horário – ela pausa um pouco – está bem assim?
-E onde foi? Qual o local? –Ele questiona enquanto se levanta da cama e caminha pelo quarto.
-Nossa, por que você quer saber de tudo isso? Que droga, eu acabei de levar um susto enorme e você fica perguntando essas coisas?
-Kelly...
-Tá certo, bem, eu estava na avenida principal, acho que em frente ao número 638, por quê?
-Eu só precisava saber, onde você está? Eu vou para aí agora.
-Estou em casa agora. Tem certeza que quer vir aqui? É feriado, os seus pais não planejaram alguma coisa?
-Acho que eles estão preparando o almoço, mas tudo bem, eles entenderão o meu motivo.
-Está bem então, Léo. Beijos.
-Beijos, até daqui a pouco.
Léo colocou seus óculos de volta e foi até a cozinha. Seus pais já estavam fritando o peixe.
-Pai, mãe. –Léo chamou.
-Diga, meu filho. –Sua mãe respondeu ainda prestando atenção no peixe que fritava, e seu pai apenas o olhou.
-Eu vou ter que ir até a casa da Kelly agora.
-Mas e o almoço, Léo? Sua mãe já está fritando o peixe.
-Eu sei, mas é que ela foi assaltada e está assustada. Acho que faria bem se eu estivesse lá com ela, sabe... para dar apoio e confortá-la. –Ele deu de ombros.
-Coitada! –Sua mãe exclamou. –Vá meu filho, vá que ela precisa de você mais do que esse peixe frito.
O seu pai concordou com a cabeça.
-Vá, rapaz. E diga que mandamos lembranças.
-Obrigado. Ah, bom almoço!
Léo saiu andando apressado até a casa da namorada. Levou uma hora para chegar lá. Apertou a campainha e esperou. Uma mulher apareceu na porta.
-Olá, Léo! Só um minuto que vou abrir o portão.
Ela se aproximou do portão com uma chave na mão, abriu-o e cumprimentou ele com um abraço.
-Entre, meu filho. Pode entrar que a Kelly está lá no quarto dela.
-Obrigado. –Ele respondeu com um sorriso.
Entrou e foi direto para o quarto dela. Encontrou-a sentada na cama lendo uma revista.
-Kelly!
-Léo! –Ela levantou com cuidado por causa do pé torcido e o abraçou.
-Como você está?
-Um pouco assustada. E com o pé doendo. –Ela sorriu.
Eles se beijaram e sentaram na cama.
-Como aconteceu isso?
-Eu estava voltando de uma reunião que atrasou mais do que deveria, logo depois que virei uma esquina e entrei na avenida dei de cara com quatro caras.
-E? - Léo pegou na mão dela para confortá-la.
-Eles me cercaram e pediram a minha bolsa. Só que um deles começou a se engraçar comigo. Ah, querido eu fiquei com tanto medo que fizessem algo comigo.
-Desgraçados! Se eles encostassem em um só fio de cabelo seu... –Falou irritado.
Ela apertou a mão dele.
-Está tudo bem, eles não fizeram nada.
-Para o bem deles... porque... se eles te tocassem... não sei o que eu poderia fazer com aqueles desgraçados... –Falou entre os dentes. Mas ao olhar para Kelly e ver sua expressão triste, ele respirou fundo e perguntou com uma voz normal. –E depois?
-Pegaram a minha bolsa, me empurraram com força e saíram correndo. Só que na hora do empurrão eu pisei em falso na beirada da calçada, torci o pé e caí.
-Você conseguiu voltar direito para sua casa ou teve dificuldade?
-Uma mulher muito simpática que viu a cena me ajudou. Ela me levou até uma delegacia e no caminho liguei para os meus pais e pedi para eles me encontrarem lá.
-Minha querida... eu sinto muito por tudo o que aconteceu com você, mas prometo que tudo ficará bem.
-Você estar aqui comigo já melhora as coisas. –Eles se beijaram novamente.
-Sempre estarei aqui para quando você precisar, Kelly.
-Eu sei, Léo. Só não entendo por que às vezes você precisa de tantos detalhes quando algo acontece comigo.
-Às vezes não faz diferença nenhuma, mas outras vezes pode fazer uma enorme diferença, você só não fica sabendo.
-Odeio essa sua parte tão misteriosa. É muito mais simples me explicar o motivo.
-Mas eu gosto de ser misterioso. Me deixa mais charmoso. –Ele dá uma piscada para a Kelly e ela ri.
O resto da tarde passou rapidamente conforme o casal de namorados conversava animadamente sobre vários outros assuntos.
À noite, Léo volta para casa e encontra os pais jantando.
-Filho, como a Kelly está? –Sua mãe pergunta preocupada.
-Melhor... mais calma.
-Isso é bom, Léo. –Seu pai afirma.
-Eu... vou dormir.
-Já? Mas você não almoçou nem jantou!
-Não estou com fome, mãe. Estou muito cansado.
-Leopoldo, assim fica complicado. Você precisa comer alguma coisa.
-Eu comi na casa da Kelly, mãe. Está tudo certo. –Mentiu.
-Está bem, pode fugir do peixe hoje, mas amanhã sua mãe e eu queremos que você coma direito.
-Tudo bem, pai. Boa noite.
-Boa noite, filho.
-Durma bem, Léo.
Léo encostou a porta do seu quarto, colocou seus óculos na mesa de cabeceira e deitou em sua cama. Sua mente se encheu com todos os problemas do dia. Sua namorada foi assaltada e felizmente não aconteceu nada pior do que ela ter a bolsa roubada e o pé torcido, e além disso havia todo o problema com a Júlia. Léo estava conversando com ela enquanto sua namorada estava passando por apuros.
Ele adormeceu logo...

Acordou.
Os olhos ainda meio fechados eram forçados a abrir. Uma luz clara surgia da fresta da janela que fora deixada meio aberta no dia anterior.
Assim que abriu os olhos por completo, jogou o lençol para o lado e se levantou, foi ao banheiro e lavou o rosto como todos os dias, se olhou no espelho e sorriu, não sabia por que estava sorrindo, mas sorriu.
-E começa mais um dia – disse para si.
Assim que voltou para o quarto abriu a janela e deixou a luz do sol invadir todo o ambiente, aproveitou para aspirar o ar. Olhou para fora e disse em voz alta:
-E a vista continua a mesma, a vida na mesma, tudo na mesma, nada muda – aspirou o ar novamente – Pelo menos está um dia bonito.
Abriu o armário e pegou uma roupa que parecia combinar com o dia, não demorou escolhendo, se vestiu e abriu a porta do quarto e foi em direção a cozinha. Na geladeira tirou um suco, no armário pegou algumas torradas e um copo.
Sentou-se a mesa e bebeu o suco e comeu as torradas com um sossego que acreditou ser merecido. Enquanto mastigava olhava através da janela da cozinha para o céu.
-Poxa, já que o dia está tão bonito vou aproveitar para sair – disse como se estivesse confirmando algo para si – Afinal hoje é feriado, não vou ficar em casa num dia assim.
Decidiu não lavar o copo, deixaria a bagunça para depois, se levantou e pegou suas coisas jogadas em cima do balcão e foi em direção a porta.
Assim que tocou na maçaneta, com o cérebro finalmente desperto, lembrou-se do sonho que teve. Por alguns segundos ficou tonto com tanta informação. Olhou o relógio: dez horas e quarenta e sete minutos. O mais importante era impedir que acontecesse algo com a Kelly. Mas havia a Júlia também. O que ele faria primeiro?
Léo pegou o seu celular e ligou para a namorada, mas ninguém atendeu. Provavelmente ela ainda estaria na reunião do trabalho. Ele saiu de casa apressado, andou até chegar na mesma loja aonde encontrou com a Júlia. Esperou por vários minutos, e a cada minuto que se passava mais apreensivo ele ficava.
Aproximadamente dez minutos depois, ele viu Júlia se aproximando. Andou até ela e parou na sua frente.
-Oi, Júlia.
-Oi... Léo? Como você sabe quem sou eu?
-Olha, eu aceito ajudar você, mas agora preciso ajudar a minha namorada, você pode vir comigo?
Júlia o olhou confusa.
-Está bem.
Eles seguiram pela rua, Léo foi explicando tudo e Júlia apenas escutava:
-Sei que você vê o minuto final das pessoas, Júlia. E eu também vejo o futuro.
Ele olhou as horas nervoso.
-Consigo ver tudo o que acontece no meu dia, é o meu dom. Tenho um sonho todas as noites, e nele eu sei tudo o que acontecerá comigo. Foi assim que descobri que aquele homem seria atropelado, eu presenciaria o acidente, e resolvi impedir.
-O cara que você empurrou? Eu estava lá! Aquela foi a...
-Única vez que um dos seus minutos finais foi impedido. Eu sei. –Ele completou a frase dela.
-Como você sabe disso?
-Porque nós já tivemos essa conversa no meu sonho. E enquanto estávamos conversando a minha namorada foi assaltada e nós vamos impedir isso de acontecer.
-Você simplesmente vive cada dia duas vezes?
-Mais ou menos, a diferença é que eu posso me arriscar no sonho, e na vida real não. Mas ainda assim posso mudar as coisas.
Eles chegaram na frente do trabalho da Kelly. Eram onze e vinte e oito. Léo pegou o celular e ligou para ela novamente. Após quatro toques, ela atendeu:
-Alô?
-Kelly! Ainda bem que você atendeu.
-Está tudo bem, Léo? Você parece nervoso.
-Aonde você está?
-Indo para casa. Por quê?
-Você já está na avenida principal?
-Quase lá, por quê? O que está acontecendo?
-Kelly, dê meia volta, agora! –Ele recomeçou a andar com a Júlia atrás.
-Meia volta? Por quê? Léo, aconteceu alguma coisa?
-Kelly, se você confia em mim, dê meia volta, por favor. –Ele implorou.
-Tudo bem, já estou voltando.
-Obrigado, muito obrigado! -Ele agradeceu aliviado.
-Mas você terá que me explicar o que está acontecendo!
Léo estava quase correndo, quando Júlia de repente parou e se apoiou na parede. Ele parou e olhou confuso para ela.
-Júlia? Você está bem?
Os olhos dela estavam fechados, mas o seu corpo estremeceu várias vezes.
-Léo? Você ainda está aí? –Kelly perguntou.
-Querida, já te ligo, ok? Mas continue voltando para o seu trabalho, nós nos encontramos no caminho.
-Está bem. Beijos.
-Tchau. –Léo desligou o celular.
Esperou Júlia se recompor depois de algum tempo. Ela reabriu os olhos e seu rosto estava pálido.
-Você está bem? –Léo perguntou aflito.
-Um senhor. Ele tentará resistir ao roubo de quatro garotos. Na avenida principal.
Léo abriu a boca, mas não saiu nenhum som.
-Aonde a sua namorada seria assaltada? –Ela estava preocupada.
-Meu Deus... –Foi tudo o que ele disse.
-Que horas seria, Léo? Que horas?
Ele olhou para o seu celular e respirou fundo.
-Sinto muito, Júlia.
-Não, já foi?
-Deve ter acontecido assim que você se recuperou.
-Não! A sua namorada seria apenas assaltada, ele foi morto! Morto, Léo! –Ela gritou nervosa. –Eu preciso de você para me ajudar a salvar as pessoas, e não para matá-las!
-Desculpe! –Sua voz saiu arranhada. –Eu... eu não imaginei que alguém pudesse... morrer. –Sua voz foi sumindo e terminou em um sussurro. -Por minha causa.

Autores até o momento: Paulatictic; Fernado Hirakawa; Mateus Lopes; Gabriella RK; Vanessa; Anônimo I; Lii; Erica Belancieri; Marília Gomes...

sábado, 23 de abril de 2011

V.5 Caçada, Série House Of Night - P.C Cast e Kristin Cast

Minha opinião: Sinceramente... eu acho que a cada livro que passa essa série está piorando, de verdade. Eu gostei muito quando li o primeiro livro, achei a Zoey uma personagem que não era “bobona” como muitas e também tinha personalidade. Mas nesse quinto livro, ela realmente está uma “chata”, sério. O pior de tudo é que ela agora anda com uma crise por causa dos mil namorados dela, ou seja, ela quer todo mundo e fica dizendo para si mesma que não é “vadia” e sei lá o quê em todas as páginas, que chatice. Se ela gosta de ter dois, três ou quatro namorados é problema dela, mas o que importa é que ela assuma a sua poligamia. Agora se fica com frescura dizendo que não gosta de ter cinco namorados e tal, então “esfria o facho” e assume uma pessoa só, né? Agora agüentar o livro inteiro nessa “lenga-lenga” não dá né? Acho que as autoras estavam sem nenhum pouco de criatividade – uma pena – Afinal para que alongar uma série tanto para não escrever nada de bom e novidade? – Acho que só para ganhar dinheiro. Uma pena mesmo.

Resumo: Neferet, após conquistar um novo e poderoso aliado, Kalona, vira as costas para a Deusa Nyx. Juntos, arquitetam terríveis planos. O passado vem à tona, influenciando escolhas fundamentais. A Morada da Noite é ocupada por criaturas demoníacas, que sob o comando de Kalona, um ser incrivelmente belo, mantém o domínio sobre quase todos os alunos e professores. O único lugar relativamente seguro para Zoey e seus amigos é um local escondido, subterrâneo, onde uma nova raça de vampiros habita. Parece não haver fim para os problemas que continuam a surgir.
O mal se abate sobre o centro de Tulsa, gerando não só o caos terreno, mas também um grande e doloroso massacre. Será Zoey forte e sábia o suficiente para enfrentar tudo o que está por vir?

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Aproveite!

Faz tempo que não falo das promoções né? Então vou hoje falar um pouco dos descontos que rolam por aí:
No submarino como sempre, tem livros com descontos ótimos.


Coleção Mochileiros ( 5 Livros ) - Douglas Adams

  • Por: R$ 29,90



  • Coleção Steig Larsson - Stieg Larsson


    Por: R$ 59,90



    Coleção Os Imortais - Alyson Noel

    Por: R$ 89,90



    Box: Beijada por um Anjo - Elizabeth Chandler
    Por: R$ 49,90


    Academia de Vampiros - Richelle Mead
    Por: R$ 39,90

    quarta-feira, 20 de abril de 2011

    Coisas Frágeis - Neil Gaiman

    Minha opinião: Que eu sou fã do Neil Gaiman todo mundo sabe, por isso devem imaginar a minha resenha... É, será assim mesmo, afinal, é a mais pura verdade. Eu adoro como Neil Gaiman escreve, ele coloca a loucura como algo do cotidiano, em que ser “normal” é esquisito, e a fantasia e o irreal são imprescindíveis para que exista vida. E eu adoro isso.
    Bem, nesse livro de contos, vou confessar que o primeiro conto não me envolveu tanto quanto eu esperava, acho que faltou um pouco do estilo do autor, uma pena, mas já no segundo tudo mudou, os contos são muito bons e bem escritos. Dou ênfase para o conto “A vez de Outubro” que é maravilhoso, e vou mostrar um trecho da parte em que ele descreve o personagem – que sinceramente o autor faz com perfeição:

    “O Nanico era um menino magrinho de 10 anos, baixinho, com o nariz escorrendo e o semblante vazio. Se você tentasse apontá-lo num grupo de garotos, iria apontar errado. Ele seria o outro, o garoto ao lado, aquele pelo qual você passou batido” (p.51).

    Além desse conto, o último também vale muito a pena, afinal, dá para matar a saudade do Shadow – é isso mesmo, é o Shadow do livro “Deuses Americanos”. Esse personagem é ótimo e sua tranqüilidade e a bondade “estranha” dentro de um homem enorme, é sensacional.
    Bem, não preciso dizer que vale muito a pena ler esse livro né? E ainda mais que ele está por R$9,90 no submarino...

    Resumo: Os nove contos de ´Coisas Frágeis´ trazem Gaiman abordando os mais diversos temas, misturando puberdade, punk rock e ficção científica em ´Como Conversar com Garotas nas Festas´; combinando o Sherlock Holmes de sir Arthur Conan Doyle com o terror de H. P. Lovecraft em ´Um Estudo em Esmeralda´; extrapolando o mundo de Matrix em ´Golias´, inspirado no roteiro original do primeiro filme; ou mesmo presenteando a filha mais velha com um conto fantástico sobre um clube de epicuristas em ´O Pássaro-do-Sol´. ´Coisas Frágeis´ é um tratado prático de como escrever boas histórias - histórias que, como diz a introdução do livro, ´duram mais que todas as pessoas que as contaram, e algumas duram muito mais que as próprias terras onde elas foram criadas´.

    domingo, 17 de abril de 2011

    PROJETO: História Coletiva - 3ª semana

    Mais uma semana! E a história está tomando um rumo que eu não esperava... O que é muito bom, afinal escrever uma história com outras pessoas que você nunca conversou pessoalmente é algo novo e claro que inesperado, exatamente como está ocorrendo com a narrativa.
    Certo, VOCÊ NÃO SABE O QUE É O PROJETO HISTÓRIA COLETIVA? então acesse AQUI e descubra e comece a participar também.
    Nessa semana, houve vários trechos que foram escritos como também, dúvidas em relação a personalidade do Léo, outros personagens que podem existir, como por exemplo, familiares dele. Algumas dessas questões ficaram em aberto como a Lii comentou:
    "Hum...não é por nada não, mas tem muitas coisas que ficaram soltas essa semana e que não foram decididas.
    Por exemplo, como é a personalidade dele? Vai ser assim mesmo: Descuidado (age primeiro, pensa depois); é muito cuidadoso com as pessoas?
    E ele vai ter um irmão mais velho, uma irmã mais nova, ou só um irmão mais novo?
    A Júlia será séria, madura, segura e um pouco frágil?
    Bom, bom... só estou lembrando... já estou escrevendo a narrativa para poder mandar!
    Beijinhos."
    Concordo com ela, sobre essas questões e eu vou dar A MINHA OPINIÃO, bem acho que o Léo pode ser descuidado nesse sentido de impulsivo durante o sonho, no qual ele pode arriscar, pode ver o que acontece, mas no dia real ele pode se tornar cauteloso e por vezes até medroso, penso eu que isso pode ser um impasse para a história - no qual o sonho ele erra e aí ele tem que consertar no real o que o deixa apavorado, afinal, ele pode errar de novo. O que acham?- Seria quase como duas personalidades.
    Sobre os irmãos, acho que ele poderia ter um mais novo, mais não sei se menina ou menino. Aí vocês decidem e aproveitem e escolham um nome e ah um SOBRENOME se quiserem.

    OBS: Quero lembrar que nesse projeto muitas vezes a sugestão ou opinião que damos pode ser aceita ou não, ou pode ser alterada parcialmente e isso que é o mais importante nese projeto, já que é algo grupal. No entanto se você se sentiu ofendido (a) ou incomodado(a) com alguma coisa pode me mandar um email (paulatictic@hotmail.com) que discutiremos a situação.
     
    Por fim, coloco a seguir a continuação que foi decidida por todos. Mas quero especificar que a narrativa continuou com um trecho do Mateus Lopes, outro meu e do meu irmão, e mais um trecho da Nessa (todos deixados nos comentários). Esses trechos foram disuctidos e algumas coisas modificadas, mas todos foram aceitos.
    E a continuação da narrativa ficou nas mãos da Lii - que como foi a única a mandar - e portanto foi a dela a escolhida, que na minha opinião foi uma ótima, por que ficou muito bom a narrativa.
     
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    Você ainda não participou? COMECE AGORA! Deixe um ocmentário com sua idéia, sugestão, opinião, trecho e contribua para ser também autor dessa história.

    -Ver o futuro? - Perguntou Léo, começando a desconfiar da sanidade da mulher. -Sei que parece loucura, mas não recomendo que saia daqui sozinho achando que sou... - Júlia não chegou a terminar a frase, pois o rapaz se levantou e saiu, ainda muito perturbado.
    Ver o futuro? Loucura – pensou Léo - Seus pais deviam estar lhe pregando uma peça. De repente, Léo parou. Ele não havia visto seus pais naquele dia. Se eles tivessem decidido sair, teriam deixado ao menos um bilhete. Assustado, ele pegou seu celular e ligou para a mãe. Mas antes de chegar a digitar o numero da mãe, Júlia se aproximou e ficou a poucos centímetros, encarando-o. Léo abaixou o celular e a olhou.
    - O que foi? – Ele perguntou sem entender o porquê da insistência dessa mulher.
    Júlia piscou algumas vezes e abriu a boca para falar, mas logo voltou a fechá-la. Por fim, começou a dizer:
    - Você se lembra do dia em que você salvou a vida daquele homem?
    - Do que você... – Ele tentou dizer com certa insegurança, mas Júlia o cortou.
    - Do homem que ia ser atropelado. – Ela disse decidida.
    Léo ficou paralisado por alguns segundos tentando achar uma resposta para aquilo e por fim balançou a cabeça.
    - Do quê você está falando? – Ele perguntou ainda balançando a cabeça.
    - Como assim do que estou falando? Aquele homem que você esbarrou “sem querer” ia morrer atropelado, mas você evitou isso quando esbarrou nele – Ela disse e pareceu se lembrar de algo - Isso nunca aconteceu, nunca! Mas você fez isso mudar...
    - Espera um pouco aí – Léo fala levantando uma mão – mas como você sabe... Não, quer dizer, eu não sei de nada, eu preciso ir...
    Júlia sorri em sinal de aprovação, ela confirmou para si a dúvida que ainda tinha.
    - Espera você! Como eu sei? É isso que você ia perguntar? – Ela o segura pelo braço e o olha fixamente – Eu tenho um dom, eu consigo ver o futuro... Léo balança a cabeça como se não quisesse ouvir o que ela estava falando. - Para ser mais específica eu consigo ver um minuto antes da morte de qualquer pessoa e, se você quiser saber, é o minuto mais longo da vida de uma pessoa.
    - Olha, eu não sei do que você está falando, ok? Eu não esbarrei em ninguém, não salvei ninguém, não vejo o futuro e estou caindo fora daqui! –Ele dá meia volta e começa a caminhar para longe.
    -E se eu vi o minuto final de alguém da sua família? – Júlia diz alto.
    Léo olha para ela por cima do ombro.
    -Mas você não viu, não é mesmo? Ou então não estaria me dizendo tão calmamente assim. Se você quer me chantagear, pelo menos faça direito.
    -Léo, sei que você salvou aquele cara. Eu estava lá para fazer isso, e vi quando você o empurrou para frente. Se não tivesse feito isso, aquele homem morreria agonizando em segundos.
    Ele se virou de frente para ela e disse:
    -Dona Júlia...
    -Por favor, apenas Júlia.
    -Está bem, Júlia. Aquilo foi por acaso, eu tropecei e o empurrei. Nada anormal. Não fiz isso porque supostamente vejo o futuro.
    -Você realmente acha que me engana contando essa mentira?
    -Não é uma mentira!
    -Garoto, eu lembro muito bem do minuto que eu vi! Repassei-o milhares de vezes na minha mente e, você não aparece atravessando a rua.
    -Talvez você não veja o futuro.
    -Até que percebi um detalhe muito importante.
    -E qual foi ele? –Léo perguntou calmo, mas pequenas gotas de suor brotaram de sua testa.
    -Um borrão vermelho do outro lado da calçada. Um borrão vermelho, que reparei no dia ser a sua camiseta.
    -Minha camiseta? Você viu um borrão e afirma que é a minha camiseta? –Ele ri nervoso.
    -Sim, Léo. Admito que aquele dia eu fiquei desnorteada, nenhum dos minutos finais que já vi foi impedido. Aquele foi o único.
    -Você presenciou todos os outros?
    -Eu... Eu tentei impedi-los. – Ela se mexeu incomodada.
    -Mas não conseguiu? E acha que só por que eu impedi um, poderei impedir outros, é isso?
    -Tenho te seguido... e percebi que você age de um jeito como se soubesse que muitas coisas já iriam acontecer.
    -Como o quê, por exemplo?
    -Outro dia, você parou por alguns segundos no meio da calçada e ficou olhando a rua. De repente, um carro passou na poça que estava um pouco a frente e espirrou água para todos os lados, só então você recomeçou a andar.
    - Agora é proibido parar para observar as coisas?
    -Não, mas se você não tivesse parado, se tivesse continuado a andar, teria se molhado. Estaria exatamente ao lado da poça quando o carro passou.
    -Desculpe, mas isso não significa nada. Se me der licença, eu tenho que ir.
    -Léo, por favor. Converse mais um pouco comigo.
    -Não é possível que você não tenha mais nada para fazer, Júlia.
    -Só mais alguns minutos.
    Ele ficou alguns segundos em silêncio.
    -Por favor? –Ela insistiu confiante.
    Ele negou com a cabeça.
    -Não. Desculpe, eu preciso ir.
    -Não! Você imagina o quanto demorei para achar alguém como eu? Nós vemos o futuro! Nós podemos ajudar as pessoas. Você não entende isso? – Júlia atacou irritada.
    -Me deixe em paz. –Ele deu as costas para ela.
    -Léo, eu preciso de você! Você não sabe como é ver a morte das pessoas. Você não sabe como isso é horrível, e sempre que tento ajudar, eu nunca chego a tempo! Sabe o que é ver pessoa atrás de pessoa morrendo? Você saber e não poder fazer nada? Não poder impedir? Não sei como é o seu sonho, mas se você soube como ajudar aquele homem, talvez poderá ajudar outros também.
    Léo se apavora com tudo que Júlia está falando e por um momento várias lembranças vêm na sua cabeça, lembranças de seus dias longos, seus dias que são duplos. Lembrou-se de como gostaria de parar com tudo isso, lembrou de tantas coisas que por um momento sentiu a cabeça girar sem parar, estava tonto, e se sentou no chão com as mãos na cabeça.
    - Como isto pode estar acontecendo comigo? – Léo disse em voz alta - Tudo isso está sendo muito pra mim.
    Ele para um momento e respira fundo, tentando se localizar no mundo, nas idéias da sua mente e principalmente naquele momento.
    - Certo – Ele começa a dizer – Se isso tudo é verdade, e agora o que vamos fazer? Se você diz que vê um minuto antes da morte das pessoas, como vamos fazer para salva-las?
    Léo parece mostrar toda a sua confusão e começa a fazer muitas perguntas ao mesmo tempo para Júlia.
    Ela agacha ao lado dele, passa levemente a mão pelos cabelos dele e sorri.
    -Nós vamos dar um jeito, só preciso de você para me ajudar.
    Léo olha para a Júlia, e nota com pesar a sua face ainda transtornada com más lembranças.
    -Quantos você já presenciou pessoalmente? – Sua voz saiu rouca.
    -Mais do que você pode imaginar. Talvez mais do que eu pudesse agüentar. – Ela respondeu séria e recompôs o semblante neutro.
    -Como você consegue ver?
    -O toque desencadeia. Se eu toquei alguém e ele morrerá em breve, eu vejo. Mas não sei determinar o local ou o momento. É por isso que acho que você poderá me ajudar.
    -Mas eu só vejo o que acontecerá comigo no dia. Não vejo mais nada além disso.
    -Nós arranjaremos um jeito de salvar essas pessoas. Esse deve ser o motivo para termos esses dons, Léo.
    -Como?
    -Pensaremos nisso mais tarde, está bem? Já tenho as minhas idéias, mas acho que você precisa se acostumar um pouco com tudo isso.
    -Há quanto tempo você vê?
    -Há mais tempo do que eu gostaria. Eu era apenas uma criança. Uma criança com pesadelos terríveis.
    -E como descobriu que não eram apenas pesadelos?
    A boca dela se estreitou em uma linha.
    -Ah, eu não queria... –Léo se desculpou desajeitado.
    -Tudo bem. Não vamos falar sobre isso, ok? Ainda é feriado, certo? Acho que você deve ir e aproveitá-lo mais um pouco. Manteremos contato. –Ela tirou um cartão da bolsa e entregou a ele.
    Léo o olhou e guardou no bolso.
    -Aproveite muito bem o resto do dia, garoto. Amanhã começará uma vida completamente diferente.
    Júlia se levantou e sorriu.
    -Até depois, Léo.
    -Até, Júlia.
    Ela voltou para o Flores de Outono, enquanto Léo se levantou e voltou para casa.
    Ele andava muito pensativo sobre tudo o que aconteceu e distraído com o mundo ao seu redor.
    Autores até o momento: Paulatictic; Fernado Hirakawa; Mateus Lopes; Gabriella RK; Vanessa; Anônimo I; Lii; Erica Belancieri; Marília Gomes...




     

    sábado, 16 de abril de 2011

    O Ceifador e o Idiota - Paulatictic e Fernando Hirakawa

    O Ceifador e o Idiota é um conto que eu e meu irmão escrevemos. Bem, não sei bem descrever ele... por isso deixo aberto para as opiniões, críticas, sugestões e por aí vai... sobre ele - Afinal você pode baixar o arquivo na íntegra AQUI - Além dele ser super curto, 22 páginas, em menos de um espirro você lê. Se você quiser publicar uma resenha no seu blog - mesmo que seja criticando - fique a vontade e pode deixar o link para baixá-lo (Que eu agradeço).
    Espero opiniões de vocês.
    Para quem está na dúvida se lê ou não, vou deixar a primeira página aqui para vocês lerem e decidirem:
    "O CEIFADOR
    EM:
    O IDIOTA

    Estou caído.
    Pelo menos eu acho que estou caído. Tento entender onde estou, mas a minha memória parece ter se apagado nesses últimos minutos. Começo a escutar vozes que vão aumentando, sons e imagens que parecem formar algo que eu deveria saber. Tento me concentrar. Eu preciso saber onde estou.
    E... Eu estou andando... É... Eu estou andando... Mas e depois? ... ... ... Ah, eu vou atravessar a avenida... Estou atrasado... E... E... Uma luz... Uma buzina... Meu Deus! Eu... fui atropelado!
    Mas se eu fui atropelado, por que eu não sinto o meu corpo doer? Por que eu sei que estou caído, mas não sinto nada? Nenhum osso quebrado? Nada... E se estou bem, por que não me levanto? Por que os comandos não funcionam?
    Ai! Agora eu sinto, minha cabeça está doendo! Como se alguém estivesse pisando na minha cabeça...
    Forço meus olhos e finalmente consigo abri-los.
    - Quanto tempo mais você pensa em ficar dormindo hein seu idiota? Eu não tenho tempo para ficar perdendo com você não!
    Eu foco os olhos e vejo que realmente tem alguém pisando na minha cabeça e esse alguém está me fuzilando com os olhos e ele está dizendo que eu estou dormindo? Mas quem é ele? O que está fazendo aqui? Por que ninguém o impede de pisar na minha cabeça? Eu acabei de ser atropelado, será que ele não tem noção alguma do que está acontecendo? Será que ele é o motorista bravo?
    Ele tira o pé da minha cabeça e eu sinto um alivio instantâneo. Ufa! Ele se afasta um pouco e se abaixa e eu não sei como ele me ergue do chão, por que ele me puxa pela roupa com apenas uma das mãos. Ele devia ter um pouco de consideração, já que foi ele que me atropelou.
    - Agora que você acordou, vamos! – O cara me diz e se vira.
    Eu fico parado sem entender nada do que está acontecendo, afinal, para onde vamos? Eu tenho um compromisso agora, não posso ir com ele para lugar nenhum, será que ele quer ir à delegacia?
    - Ei cara! Eu não vou com você para lugar nenhum! Eu tenho compromisso – digo nervoso e tento limpar minha roupa, passando minhas mãos por ela – Afinal, você que me atropelou, eu que devia te levar a policia!
    O cara se vira e me encara com um olhar incrédulo.
    - O que você está falando? Você é algum tipo de idiota?
    - Ahn?
    - Você não olhou ao redor não? – Levantando uma sobrancelha – Olhe para baixo.
    - Olhar para onde?
    - Você é burro? Surdo? Eu disse “OLHE PARA BAIXO!”
    - Não!
    - AH!
    O cara se aproxima de mim e mesmo eu tentando me esquivar, ele segura minha cabeça e me faz olhar para baixo.
    - Ahhhhh! – Só isso eu consigo dizer quando finalmente sou forçado a olhar para baixo.
    Eu... Eu... Sou eu no chão. Mas como? Como posso estar ali no chão? Como?
    - Como? Bem você está morto. Sim, a vida continua mesmo assim... Quer dizer, no seu caso não mais – ele joga a mão por ar em sinal de indiferença – Mas isso não importa, não é mesmo? Vamos logo – E volta a andar.
    Eu fico parado, sem entender ainda o que está acontecendo. Morto? Morto?
    - Sim você está morto – O cara diz e para de andar e se vira novamente para mim.
    - Mas... Se eu estou morto, quem... Bem... Quem é você?
    - Eu?
    - É.
    - Sou um Ceifador."